23.2.10

Praça Pio X

Anos 50 - Jaeci
Fins dos anos 40

Esta fotos são da antiga Praça Pio X, hoje tem ali a Catedral Metropolitana de Natal.
Com relação à Praça Pio X. a história é bem diferente.
No início do século XX, alí era um matagal com o padre João Maria, pároco de Natal, Rn., querendo edificar uma nova catedral. A antiga, ficava na mesma rua - veja a foto - no início de tudo, onde Natal foi descoberta em 1599. O tempo passou lento até que o Padre João Maria achou de construir a nova Catedral. Pelos ídos do século XIX, por volta de 1895, homens, mulheres, meninos e jovens saiam da Igreja Matriz, caminhando por um terreno cheio de vegetação, até chegar à praia da Ponta do Morcego (Praia do Meio) e depois, na praia de Areia Preta.
Os peregrinos íam buscar pedras para a construção do novo templo. Esse caminhar foi até 1905, quando o Padre João Maria Cavalcante de Brito faleceu. Dai por diante, a nova Catedral que já estava com a sua construção bem avançada, foi esquecida.
Então, muitos anos após, a Prefeitura tomou o terreno e construiu no local a Praça Pio X. De qualquer jeito, a praça era pertencente à Catedral. Por isso teve o nome de Pio X. Nessa praça, quente até demais, pois não tinha árvores por perto, aconteceram fatos misteriosos, como por exemplo o assassinato de um garçon, morto à bala. no meio da praça, em um restaurante ou peixaria que funcionava no local. A peixada era localizada numa especie de "avião", como se chamava o restaurante locado, com dois lados para subir e descer para o alto e mais dois espaços que eram como as asas de um avião.Tudo isso ficava na parte alta do tal chamado "avião". Moças, rapazes e meninos costumavam passear por entre as asas do fabuloso restaurando. Descendo dalí, as mocinhas, rapazes e meninos tomavam um calor que nem te conto. Para amenizar essa tempertura, os que passeavam no restaurante tomavam sorvetes. Era um meio de se livrar do mormaço. À noite, não era do mesmo jeito. Não havia por lá as crianças. Essas já estavam dormindo. Do lado direito da praça, um grande, monumental predio abrigava o Cinema Rio Grande. Um majestoso cinema com os seus elegantes homens e mulheres que recebiam os bilhetes adquiridos no lado de dentro ou do fora, vestindo um traje de cor vermelha bem escura. Botões de metal completavam a idumentária. Cidadãos que frequentavam a casa de espetáculo só tinha acesso ao cinema de fossem trajados de paletó e gravata.. As damas, com mais suntuosos vestidos.
Os vendedores de pipocas, amendoins e de sorvetes, confeitos, balas e outros mais, ficavam à espera na calçada da praça Pio X. Ali, ainda não havia estacionamento de carro-de-praça - os chamados taxis de hoje. Luminárias eram feitas de forma exuberante e bela, com très lâmpadas em cada poste, todos eles feitos de ferro pintados de branco. Ao redor da praça havia quatro bancos onde se plantavam árvores de média estatura. Bondes e ônibus passavam em frente à praça, pela Avenida Deodoro, naquele tempo já calçada com pedras como até hoje se faz em ruas perífericas da cidade. Era um tempo ameno a capital, com o pessoal sem precaução a assaltos por elementos marginais. Quando muito, ouvia-se falar dos famosos ladrões de galinhas que invadiam os quintais tarde da noite. Então, era um alvoroço de "pedra ladrão" e se chamava os guardas-noturnos para prender o larápio, Hoje, não tem mais esses guardas e a policia já está dormindo. Antigamente, era um guarda-noturno a cada cem metros por toda a cidade.
A Praça Pio X era um esmero, principalmente durante à noite, pois à tarde era aquele calor. Vivia-se em um clima de esmerado bom tempo, com as pessoas passeando pela cidade à procura de um local de vendas mais aclimatado. Com o decorrer do tempo, a Nova Catedral foi construida no mesmo local onde, tempos passados, já havia sido escolhido pelo Padre João Maria. A praça, foi apenas lembrança de um espaço que não volta mais.

Do texto de Alderico Leandro, publicado no seu blog Asa Morena

16.2.10

Árvores Geneológicas





Recebi a mensagem abaixo:

"Meu nome é Silvio Ricardo Branco e trabalho para My Heritage (http://www.myheritage.com.br/).

Nosso site oferece uma plataforma gratuita para a construção de árvores genealógicas online e hoje contamos com mais de 400 milhões de perfis e 30 milhões de árvores genealógicas. Além disso, temos um sistema de buscas genealógicas (gratuito) que permite ao usuário pesquisar em mais 1400 arquivos simultaneamente.

Eu gostaria saber se você teria interesse em escrever um post sobre o My Heritage. Apreciamos muito a participação de blogueiros e internautas, e um post, anúncio ou revisão de nosso produto é muito bem-vindo".

Vale a visita!

15.2.10

Carnaval de 1958


Foto com os componentes do Bloco Carnavalesco Deliciosos da Folia, de 1958 e do acervo de Carlos Roberto de Miranda Gomes, ex-integrante da trupe. Enviada por Paulo Sérgio Martins.

14.2.10

O Encantador dos Potiguares


Os transeuntes das calçadas do centro de Natal irão perceber - ou não - dentro de algum tempo, a ausência da figura de um homem simplório e de um olhar dispersivo, empunhando um instrumento musical denominado de rabeca - confundido muitas vezes com um violino - não fazendo mais parte do cenário urbanístico do bairro conhecido como Cidade Alta. Irão procurar ouvir o som dos acordes de uma “rabeca” tocado por um artista popular, por um artista do povo, por uma figura, agora, folclórica e irão se deparar somente com uma lembrança. A lembrança de um rabequeiro solitário e que vivia em busca de alguns trocados como reconhecimento ao seu talento e à sua subsistência. Quantos iniciantes da arte da fotografia - em aulas de campo - não o enquadraram na “regra dos terços” em seus primeiros ensaios? Lembro, sim, de o ter incluído em meus primeiros clic's. Lembro de nunca ter perguntado se o poderia fotografar - algo que nunca o chegou a importunar. Lembro, também, de nunca ter parado para perguntar o seu nome. "ANDRÉ" - esse era o seu nome - "ANDRÉ”. Descubro o seu nome em uma nota de falecimento em um blog de um amigo repórter-fotográfico. Só descubro porque há, entre tantos já capturados por inúmeros caçadores de imagens, um registro fotográfico. Um registro de um rabequeiro - sempre solitário. Obrigado ao André por ter feito parte do nosso cotidiano, da nossa história. Desculpe-me, André. Desculpe-me por nunca ter perguntado o seu nome…somente agora o sei. Que o seu instrumento de trabalho - A Rabeca - seja resguardada pelo poder público municipal e tenha um endereço certo em um de nossos museus populares. Como sempre…a real valorização do artista chega tardiamente. O som da RABECA do Encantador de Potiguares silenciou...para sempre.

Ah, André, o meu nome: José. Prazer ter te conhecido!


Enviado por JOrge Lira

8.2.10

Capitania das Artes


O Prédio da antiga Capitania dos Portos de Natal está localizado à Av. Luís da Câmara Cascudo, antes Rua da Cruz e também Av. Junqueira Aires, uma das mais antigas ruas da cidade, em pleno Corredor Cultural. O edifício foi construído no final do século passado, no mesmo local onde existia um outro prédio que, de 1830 a 1862, serviu de sede ao governo provincial.
Construída no final do século passado, em alvenaria de tijolo, que serviu de sede ao Governo do Estado, é possível terem sido aproveitadas, no novo prédio, algumas de suas paredes, denunciadas pela existência de alvenaria de pedra preta ou de maré, muito comum nas construções mais antigas do litoral nordestino. É uma edificação em estilo neoclássico, tendo como elemento mais forte a fachada, que se caracteriza pela simetria, ritmo dos cheios e vazios e pelos frontões que a compõem.
No dia 12 de agosto de 1873, foi instalada a Companhia de Aprendizes de Marinheiros, em prédio próprio na margem direita do Potengi. Ao que tudo indica, foi ampliado o velho palácio presidencial. No local, a Companhia funcionou de 1873 a 1885 e, novamente, de 1890 a 1898.
Demolido o velho casarão, no mesmo local foi edificado um novo prédio que serviu de sede à Capitania dos Portos até o ano de 1972. O prédio abandonado ficou fadado à destruição, pela ação do tempo e do abandono. Somente em 1972, a sede foi transferida para a Rua Chile, 232, Ribeira, onde funciona até hoje. A transferência ocorreu devido à necessidade do ao acesso ao mar, coisa que não existia na antiga sede. O Rio Grande do Norte recebeu a segunda Capitania dos Portos do País no dia 03 de outubro de 1847.
O prédio, que foi tombado em âmbito estadual em 11 de agosto de 1988, foi revitalizado pela Prefeitura do Natal, através do projeto de restauração elaborado pelo arquiteto João Maurício de Miranda, que recuperou os elementos que compõem a fachada principal do edifício.
A Fachada do prédio foi a única peça que permaneceu de pé, resistindo e desafiando o tempo. Vazada por muitas janelas, a fachada principal do prédio apresenta ainda dois frontões triangulares nas extremidades da parede e encontra-se emoldurada por cornijas e pilastras que marcam de forma bastante severa a edificação.
Por trás daquela parede, foi construído o prédio que serve de Espaço Cultural da Cidade. O antigo prédio, que já viveu o seu período de esplendor, depois de conhecer a decadência e a ruína, ressurgiu, desenvolvendo uma das mais nobres funções, que é a de servir à cultura.
Fonte: Funarte - Prefeitura do Natal