31.10.08

O Alecrim

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"Um dos marcos da ocupação das terras que originaram o bairro do Alecrim foi a inauguração do Cemitério Público, em 1856, pelo Presidente da Província, Antônio Bernardo de Passos. Raríssimas pessoas habitavam o descampado constituído por roçados e algumas casinhas de taipa. Em 1882, o Presidente Francisco de Gouveia Cunha Barreto colocou a primeira pedra do Lazareto da Piedade, mais tarde Hospício dos Alienados.
Nessa época, o Alecrim era uma capoeira por onde passava a estrada velha dos Guarapes, que dava acesso ao sertão.
A Praça Pedro II teve o privilégio das primeiras filas de casas. Conta-se que ali morava uma velha que costumava enfeitar com ramos de alecrim os caixões dos "anjinhos" enterrados no cemitério, daí a origem do topônimo. Outra versão fala da abundância de alecrim-do-campo nesta área.
Mas, a criação deste, considerado o quarto bairro de Natal, deu-se somente em 23 de outubro de 1911. O perfil do bairro começou a ser delineado a partir da administração do Prefeito Omar O’Grady, que, em 1929, convidou o arquiteto italiano Giacomo Palumbo, para traçar o Plano de Sistematização para expansão urbana da cidade. Conta-se que Palumbo, sob a influência da cultura americana, desenhou um traçado com avenidas e ruas largas, as quais registravam com números. Da Avenida 1 até a Avenida 12, houve a associação da numeração com o nome de personagens históricos, intercalados com nomes de tribos indígenas.
Em 1941, durante a II Guerra Mundial, com a instalação da Base Naval, o bairro teve acelerado o seu processo de urbanização, quando se registra um aumento da população com a vinda de pessoas do sertão, e de outras regiões, para negócios na capital.
A vida cultural do Alecrim registra a existência de cinemas, até a década de 80, que, gradativamente, foram fechados: o São Luiz, o São Pedro, o São Sebastião, o Paroquial e o Olde. Nos carnavais, a cidade se voltava para ver os desfiles dos corsos (carros alegóricos dos carnavais do passado) que se realizavam nas ruas Sílvio Pélico, Amaro Barreto e adjacências.
O bairro teve, em sua história, como um dos principais pontos de encontro o bar Quitandinha na Praça Gentil Ferreira, local de “bate papo”, onde boêmios varavam as madrugadas, desde a época da II Guerra Mundial. O bairro ainda tem como marca registrada o comércio de produtos populares, com sapatarias, lojas de tecidos, produtos agrícolas e as barbearias, que resistem ao tempo. Há bares e esquinas com jogo do bicho, uma tradição do lugar.
Na década de 80, a construção do camelódromo (tentativa de resolver o problema gerado pelo conflito entre ambulantes e comerciantes estabelecidos) marcou a vida do lugar, erguido na Avenida Presidente Bandeira. Além disso, o Alecrim se notabiliza por sua feira, uma das mais tradicionais da cidade.
O Alecrim foi oficializado como bairro pela Lei N.º 251, de 30 de setembro de 1947, na administração do Prefeito Sylvio Piza Pedroza".
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Um comentário:

edgar de lima carneiro disse...

sim natal era pra se uma cidade bem preservada pelos governam-te mais eles mesmo destruirão as coisa mais importante. o mercado grande da cidade, o mercado do alecrim, da gentil Ferreira destruirão, a Ribeira, a badorarão o próprio palácio do chefão que e o governo, foi lá pra o centro administrativo a abandonarão pra fica longe do povo ne? a metropolitana ficou um disserto fica a deseja. parabém governantes as coisa antigas vocês ajudou a destruí,. 10 vocês.