22.12.09

Clarice Palma


Clarice da Silva Pereira Palma, norte-rio-grandense de Natal. Filha do ator teatral e poeta, Francisco Palma e de Júlia Teixeira da Silva Palma.

Orgulhava-se por ter herdado do seu genitor todo o temperamento artístico. Como atriz-poetisa, dedicou a maior parte de sua vida à Arte Cênica, o que lhe valeu, o maior aplauso e forte entusiasmo da platéia natalense, na interpretação de “Dona Xepa”, personagem-título da peça de Pedro Bloch. Em julho de 1981, recebeu, de seus fãs e amigos, a grande homenagem representada pela aposição de uma placa de bronze, alusiva ao seu trabalho, numa das paredes do principal teatro de sua terra, o Alberto Maranhão.

Delegada, no Rio Grande do Norte, do Movimento Poético Nacional, entidade cultural que tem sede em São Paulo e cuja presidência a proclamou como “Embaixatriz do Nordeste Poético”, tendo sido o respectivo diploma entregue pessoalmente, por uma comissão do M.P.N, na própria cidade de Natal, para onde se deslocou, especialmente para essa solenidade.

Ganhadora de diversos troféus pertenceu a diversas Academias de Cultura do Brasil e fora dele.

Com uma bagagem literária de oito livros de poesias e três peças teatrais. Radialista, jogou ao ar programas de grande aceitação e merecedores dos maiores elogios. Como jornalista escreveu, com assiduidade, nos jornais e revistas de sua terra natal. Nasceu a 12 de abril de 1911, desafiava a mocidade por seu temperamento jovial, sua energia, sua espantosa memória e seu físico! Dedicando-se também a música, tocou piano, bandolim e violão e seu maior gosto; viajar, conheceu o Brasil quase todo e uma pequena parte do Exterior. Faleceu em 11 de agosto de 1996.


EU, EM RIMAS
PARA O MEU AMOR

Tudo o que sou, em rimas vou jogando
pela folhagem verde do meu chão;
por esta estrada em que vou caminhando,
coberta, sempre, pela inspiração!

E a caminhar, assim, feliz, sonhando,
numa só rima eu me transformo, então;
rima que rima com o seu nome brando...
rima ditada pelo coração!

Rima que é doce, como o nosso anseio;
que se aninhou, de manso, no meu seio
e que, comigo, dorme no meu leito!

E essa rima, pura e tão rimada,
é o meu segredo, que me traz calada,
sem comentários, pelo preconceito!


Fonte: Jornal da Poesia. Foto: Por do Sol no Potengi.

Um comentário:

Lívio Oliveira disse...

Parabéns, Neto, pelo blog e por ter ultrapassado 40.000 acessos!!!!
Abraços!!!
p.s. Agradeço por ter colocado O TEOREMA DA FEIRA como indicação da semana.