2.12.09

Natal Ontem e Hoje


“Lembro o alvissareiro da torre da Matriz. Antes de 1862 estava o mastro fincado no pátio do Quartel Militar. Feita a torre da Matriz, chantaram o pau dos sinais no topo e perto do alvissareiro, João Irineu de Vasconcelos, ganhando 200$000 por ano. Ficava ele olhando a cidade, morros, praias, rio e mar. Todo o horizonte era uma moldura circular para sua curiosidade. Devia erguer uma bandeira sempre que avistasse navio. Do lado do norte o mastro se fosse barco vindo desta zona. Do sul, lá despontasse. (Luís da Câmara Cascudo)

“[...} temos a informar que o último edifício da Câmara e Cadeia de Natal foi demolido no ano de 1911, quando ocorreu a inauguração de uma nova cadeia construída no bairro de Petrópolis. O vetusto edifício foi derrubado com a finalidade de alarga-se a via de acesso, entre a Praça André de Albuquerque e o Rio Potengi, hoje representada pela Rua João da Mata”. (Olavo de Medeiros Filho)

“Depois do Royal Cinema foi morrendo como um canário ao qual não se dão mais água nem milho alpiste. Foi sofrendo de mal triste. De esvaziamento. E acabou-se. Derrubaram o prédio que ele ocupava, que ia da esquina da Rua Vigário Bartolomeu até a parede da Prefeitura. Era um prédio romântico, meio “art-nouveau”, de muitos cochichos e conversas sentimentais. Até a saudade de pedra e cal desapareceu. Resta uma outra saudade, imponderável, que aumenta quando a gente folheia velhos álbuns e escuta Royal Cinema de Tonheca Dantas”. (Augusto Severo Neto)
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Fotos Superiores: Praça André de Albuquerque, Igreja N. S. do Rosário dos Pretos e ao fundo o Rio Potengi.
Fotos do Meio: Casa da Câmara e Cadeia.
Fotos Inferiores: Antigo Royal Cinema, Atual Procuradoria Municipal - Cidade Alta -
Para ampliar clique nas fotos.
Fonte: Semurb

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