21.12.08

Dons de um Dom


Dom Nivaldo Monte
“Meu irmão, eis que descobri a minha vocação: semear alegria” (Dom Nivaldo)

O arcebispo Dom Nivaldo Monte foi sempre um vigilante, episkopos, um legítimo sucessor dos apóstolos. A sua missão foi a de estudar, compreender, gerir, santificar.
Nasceu em Natal a 15 de março de 1918 e faleceu a 10 de novembro de 2006.
Em sua vida e formação de novos religiosos, nunca admitiu discriminação ideológica. Tomou corajosamente a defesa de D. Helder Câmara, afirmando que ele nunca fora um líder comunista, mas apenas um líder carismático. Estudou a ciência de Deus e a ciência dos homens. Viveu a ensinar, quer como professor de grego e latim, prelecionando história natural, psicologia, história e filosofia da educação.
Dom Nivaldo foi uma pessoa profundamente realizada e feliz, um artista da palavra e mestre do desenho, uma alma cheia de encantamentos, um apaixonado amante da natureza, de sua terra e de sua gente, um servidor dos homens.
Convencido de que toda palavra é uma semente, pretendia apenas disseminar, propagar os ensinamentos cristãos, interpretá-los na busca de fazer feliz e de melhorar as pessoas.
Sempre cuidou da terá com zelo e carinho, descobrindo a vocação do solo, potencialidades, riquezas de frutos, experimentações. Fez experiências de migração de hormônios vegetais em enxertos para depois fazer árvores jovens multiplicarem-se.
Era um asceta típico: corpo magro, voz de timbre angélico, bem humorado, tratava a todos de poeta. Dirigiu vidas e acalmou tormentas. Naquele pequeno corpo estava um rio de ternura humana. Era um poeta de profundo sentido místico e encantava pelo amor que tinha à natureza. Amava as árvores e as árvores o amavam. Não se perdia na facilidade dos gestos.
Ao renunciar o Governo Episcopal, voltou-se para Emaús, sua granja, onde continuou a desenvolver suas experiências genéticas, buscando, como sempre o melhor aproveitamento de nossas plantas.
Amou a Igreja, a família, seus amigos, sua terra.
Dom Nivaldo foi um homem de ontem e de hoje.
Fontes: "O semeador de alegria"(Diógenes da Cunha Lima) e Tribuna do Norte.
.

Nenhum comentário: