O domingo de carnaval se deu no dia 8 de fevereiro. O Rei Momo de 59 foi o fotógrafo-folião ‘José Seabra’ – (1922/1978) e a Rainha do carnaval a jovem - ‘Joana D’arc Pinheiro Luz’. O Prefeito, ‘Djalma Maranhão’ – (1915/1971) participou de ensaios, festas, bailes e do desfile oficial: ‘O Corso’.
Prévia: Uma semana antes do carnaval acontecera a grande ‘batalha’ entre as agremiações na ‘Vila Naval’, do bairro do Alecrim.
Baile: A ‘Associação dos Cronistas Carnavalescos’ promovera o seu segundo baile, sob a presidência do jornalista ‘Celso da Silveira’. A presidência da Federação carnavalesca estava com o senhor ‘Omar Pimenta’.
Orquestra famosa: O jornal ‘A República’ de 25 de janeiro, ainda comenta outras novidades, como a vinda da famosa orquestra ‘Tabajara’, de Severino Araújo, para tocar publicamente no dia 6 de fevereiro no palanque oficial da então ‘Federação Carnavalesca’ e depois num baile fechado no ‘Clube América’.
História musical: E quem fazia enorme sucesso por essa época com suas músicas carnavalescas no Rio de Janeiro e em Natal, era o nosso compositor-cantor Dosinho.
Protesto real: O Jornal ‘A República’, de 27 de janeiro, anuncia que alguns comerciantes da Ribeira tentaram eleger o folião ‘Zé Areia’, nosso Rei Momo a revelia do oficial ‘José Seabra’, já devidamente eleito. Chabú: Ao que parece, o plano golpista dos capitalistas ribeirenses não deu certo para levar ao trono o seu candidato ‘canguleiro anarquista’.
Democracia e participação: Anunciou-se também pela imprensa que um vereador iria entrar com um projeto na Câmara em que as nossas antigas majestades momescas formariam um ‘Conselho Carnavalesco’, com o intuito de melhorarem os festejos. Deste fariam parte os ex: ‘Zé Areia’, ‘Severino Galvão’, ‘Luís Morais’, ‘Zé Seabra’ e ‘Luizinho Doblecheque’, entre outros mais antigos.
Inaugurações e surgimentos: O Clube Social do ABC, na Avenida Afonso Pena é inaugurado no dia 31 de janeiro, com a presença do então Governador ‘Dinarte Mariz’, Prefeito ‘Djalma Maranhão’ e outras autoridades. No citado Clube social esportivo aconteceram incontáveis e memoráveis bailes carnavalescos. Em 06 de janeiro, foi inaugurado o ‘Iate Clube’ de Natal. Nesse ano é fundado o Bloco de Elite - ‘Apaches’, composto só de homens e com suas vistosas fantasias inspiradas na tradição indígena norte-americana.
Desfiles: O palanque oficial fora armado na Rua João Pessoa para o Corso oficial. Santo de casa: A colunista social ‘Anna Maria Cascudo’, no dia 13 de fevereiro, no jornal ‘A República’, tece elogiosos comentários a respeito do nosso famoso cantor e compositor carnavalesco ‘Dosinho’.
As principais agremiações segundo a Imprensa de 1959 foram: ‘A Plebe’, ‘Bloco Satélite’ e ‘Karfajestes’ – este último com seu baile tradicional onde escolhia a nossa Rainha do carnaval.
Tradição: Um outro Bloco de muito sucesso popular nesse ano era o - ‘Pingüins do Amor’. A referida agremiação, segundo o escritor e memorialista do nosso carnaval, ‘Ticiano Duarte’, era comandada pelo carnavalesco - ‘Xixico’, proprietário do antigo Cinema Rex.
Lembrança: E no começo de 1960, o folião natalense começou a cantarolar o refrão do Bloco – Cão Jaraguá: “‘Ô menino, olhe o cão/ olhe o cão, olhe o cão/olhe o Cão Jaraguá... Ele é bonitinho/ Olhe o cão/ olhe o cão/ Ele quer vadiar...”. Ou então outro de seus tantos hinos criados pelo Yoyô: “Minha rolinha Sinhô/ Sinhô nunca fez mal/ sinhô, sinhô é bonitinha/ Sinhô, sinhô no carnaval...”.
1950/1959: Fim de uma era alegre e de aguerridos e saudosos carnavalescos!
Por Gutenberg Costa (Tribuna do Norte)
1950/1959: Fim de uma era alegre e de aguerridos e saudosos carnavalescos!
Por Gutenberg Costa (Tribuna do Norte)
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